No dia 18/09, a arquiteta e urbanista
Paloma Padilha de Siqueira, mestre em meio ambiente e arquitetura bioclimática
pela Escola Politécnica de Madrid conduziu aula sobre a temática de Espaços
Urbanos Seguros durante Curso de Convivência e Segurança Cidadã realizado em
Salvador-BA.
A importância da relação entre sociedade e meio ambiente na construção
de espaços urbanos seguros foi um dos temas centrais abordados pela professora
Paloma durante as aulas que conduziu para as duas turmas do Curso. "Uma
cidade sustentável tem que ter identidade e sentimento de pertencimento por
parte daqueles que a ocupam. É preciso oferecer uma fácil leitura da
possibilidade de uso do espaço - um lugar que convide as pessoas. A cidade
sustentável também deve possuir limites de acesso – bordas atrativas e vivas - iluminação adequada, limpeza, manutenção e conforto ambiental", destacou
a arquiteta.
As cidades seguras do Canadá, as chamadas "Safer Cities",
foram apresentadas pela professora, como exemplos de boas práticas. Paloma
destacou que são cidades que investiram não somente na segurança dos seus
bairros como também no aumento da qualidade de vida das pessoas que moravam lá
por meio de jornais comunitários, programas de trabalho para jovens, áreas de
lazer, entre outros recurso que contribuíram para a redução de 30% da
incidência de crimes nos cinco meses que se seguiram à implementação das ações
em 1999. A professora também apresentou exemplos de ações desenvolvidas em
cidades do Chile, a partir da utilização do CPTED - Prevenção de crimes através
do Design Ambiental que contribui para diminuir os fatores de risco, a partir
da realização de diagnósticos comunitários e atividades como oficinas de
desenho e planejamento urbano.
"Estes exemplos mostram a importância da participação e
corresponsabilização da sociedade na mudança da realidade atual urbana para a
construção de uma cidade segura, sem medo e sem fragmentações", ressaltou
Paloma. Para colocar em prática os conteúdos abordados durante a aula, a
professora realizou uma atividade em uma praça pública de Salvador. Durante o
exercício, os participantes puderam identificar os fatores de risco presentes
naquele espaço, identificar os elementos arquitetônicos que deixavam o espaço
seguro e refletir sobre a participação da comunidade no uso e manutenção do
espaço.
Texto: Camila Cidreira.
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