segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Cobertura Desabafo Social: Espaços Urbanos Seguros foi tema debatido durante penúltimo dia do Curso em Salvador

No dia 18/09, a arquiteta e urbanista Paloma Padilha de Siqueira, mestre em meio ambiente e arquitetura bioclimática pela Escola Politécnica de Madrid conduziu aula sobre a temática de Espaços Urbanos Seguros durante Curso de Convivência e Segurança Cidadã realizado em Salvador-BA.


A importância da relação entre sociedade e meio ambiente na construção de espaços urbanos seguros foi um dos temas centrais abordados pela professora Paloma durante as aulas que conduziu para as duas turmas do Curso. "Uma cidade sustentável tem que ter identidade e sentimento de pertencimento por parte daqueles que a ocupam. É preciso oferecer uma fácil leitura da possibilidade de uso do espaço - um lugar que convide as pessoas. A cidade sustentável também deve possuir limites de acesso – bordas atrativas e vivas - iluminação adequada, limpeza, manutenção e conforto ambiental", destacou a arquiteta. 

As cidades seguras do Canadá, as chamadas "Safer Cities", foram apresentadas pela professora, como exemplos de boas práticas. Paloma destacou que são cidades que investiram não somente na segurança dos seus bairros como também no aumento da qualidade de vida das pessoas que moravam lá por meio de jornais comunitários, programas de trabalho para jovens, áreas de lazer, entre outros recurso que contribuíram para a redução de 30% da incidência de crimes nos cinco meses que se seguiram à implementação das ações em 1999. A professora também apresentou exemplos de ações desenvolvidas em cidades do Chile, a partir da utilização do CPTED - Prevenção de crimes através do Design Ambiental que contribui para diminuir os fatores de risco, a partir da realização de diagnósticos comunitários e atividades como oficinas de desenho e planejamento urbano.

"Estes exemplos mostram a importância da participação e corresponsabilização da sociedade na mudança da realidade atual urbana para a construção de uma cidade segura, sem medo e sem fragmentações", ressaltou Paloma. Para colocar em prática os conteúdos abordados durante a aula, a professora realizou uma atividade em uma praça pública de Salvador. Durante o exercício, os participantes puderam identificar os fatores de risco presentes naquele espaço, identificar os elementos arquitetônicos que deixavam o espaço seguro e refletir sobre a participação da comunidade no uso e manutenção do espaço. 


Texto: Camila Cidreira.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Cobertura Desabafo Social: Riccardo Cappi fala sobre Prevenção Social do Crime e das Violências durante Curso em Salvador

No dia 18/09 o Curso de Convivência e Segurança Cidadã, realizado em Salvador, contou com a presença do professor doutor em criminologia, Riccardo Cappi, que conduziu a aula sobre “Prevenção Social do Crime e das Violências”. Cappi iniciou a aula lançando a seguinte questão à turma: "o que é violência?". Para ele, é importante destacar que "violência é diferente de conflito e constitui uma opção de gestão do conflito, mas não se resume à ele". Em seguida, apresentou um quadro sobre os diferentes tipos de violência, entre elas a interpessoal, institucional e estrutural. Segundo o professor, infelizmente, hoje, as violências institucional e estrutural não são tratadas como crimes no direto penal por não serem consideradas violências. Diante disso, ressaltou o desafio de formular estratégias capazes de produzir maior segurança sem ter que recorrer à instituição judicial.

Após abordar os tipos de violência, Cappi explanou sobre a prevenção do crime e das violências, deixando claro que: “prevenção é um conjunto de medidas ou projetos para evitar um fato ou uma situação problemática”. Apontou, também, os diferentes atores da prevenção: órgãos de segurança pública, assim como outros setores do governo, organizações civis, empresas e comunidades. O professor também falou sobre as ações de prevenção e destacou que toda ação de prevenção se fundamenta numa teoria, num objetivo a ser seguido, portanto acaba valorizando alguns aspectos e desconsiderando outros. Ressaltou ainda a importância da prevenção do esgarçamento individual, ou seja, a implementação de medidas de fortalecimento de laços sociais visando a qualificação do tecido social e a prevenção da exclusão política por meio da fundação de conselhos, associações, e de ações de empreendedorismo e de protagonismo juvenil.

Texto: Camila Cidreira

Vídeo final do Curso de Convivência em Segurança Cidadã

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Cobertura Desabafo Social: "Os jovens são, talvez, os mais interessados em prevenir a violência e por isso, são grandes colaboradores do processo de mediação" - Pedro Strozenberg



O Desabafo Social no seu terceiro dia de cobertura do Curso de Convivência e Segurança Cidadã entrevistou Pedro Strozenberg, Coordenador do Instituto de Estudos da Religião (ISER), ONG carioca que atua no campo dos Direitos Humanos. Pedro foi o professor da aula Mediação de Conflitos, durante o Curso.
Confira a entrevista!

Desabafo Social: De que forma a juventude pode fazer mediação de conflitos para contribuir com a prevenção da violência?

Pedro: O que é preciso ter em conta em primeiro lugar é que não há uma juventude. Mas, diferentes juventudes. As diferentes juventudes participam com diferentes expressões. E utilizam para isso as novas linguagens. Essa juventude diversa é parte importante do processo de  transformação do conflito e da renovação da expectativas. Os jovens são, talvez, os mais interessados em prevenir a violência e por isso, são grandes colaboradores do processo de mediação.

Desabafo Social: Na mediação, os jovens atuam como uma das partes, mas talvez ainda mais invisível do que as outras partes. É isso?

Pedro: A juventude produz conflitos. Os conflitos são fundamentais para a mediação. A mediação não existiria se não fossem os conflitos. Os jovens produzem conflitos na perspectiva de mudanças e não necessariamente na perspectiva dos problemas. É um desafio para a sociedade brasileira compreender que é preciso olhar os conflitos da juventude como um caminho possível de reconhecimento, de direitos e de mudança social. Então eu acho que são duas coisas que se complementam nesse sentido, o desafio da construção de uma sociedade mais transparente, mais participativa, mais libertária e o desafio de reconhecer o papel político da juventude e reconhecer o conflito como instância a ser potencializada e ser valorizada na política.

Entrevista: Ana Paula Huoya e Marina Lima
Foto: Gilberto Silva

Cobertura Desabafo Social: Participação Social é tema de entrevista. Confira!



A professora Letícia Godinho, que conduziu a aula de Participação Social durante o Curso de Convivência e Segurança Cidadã da Região Nordeste conversou com a equipe de jovens do Desabafo Social. Letícia é Mestre e Doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais e Bacharel em Direito pela mesma instituição e também é pesquisadora da Fundação João Pinheiro. Confira a entrevista!

Desabafo: Como os conflitos podem ajudar a juventude?

Leticia: Essa é uma fase da vida que a gente vive em conflito, não é? O primeiro passo é reconhecer esse momento da vida e pensar que o conflito não é algo necessariamente ruim. O conflito, em muitos momentos, pode impulsionar, ajudar na tomada de decisão. A grande questão é como a gente lida com esses conflitos, sejam os individuais, os interpessoais e os sociais. É preciso reconhecer que o conflito não é algo necessariamente ruim, mas que nos ajuda a viver a diferença, a diversidade.

Desabafo: Pode nos falar mais sobre diferença e desigualdade?

Leticia: Diferença não é sinônimo de desigualdade. Desigualdade é um conceito que tem muito a ver com a questão econômica. Quando a gente fala em diferença, estamos nos referindo a um conjunto de outras coisas ligadas às formas de pertencimento: se sou homem, se sou mulher, se sou do Sul ou do Sudoeste, ou do Nordeste, Centro Oeste ou do Norte. Se sou do campo ou da cidade, da periferia ou do centro. Ser diferente porque eu tenho uma cor diferente da sua, porque eu nasci um lugar diferente do seu, não significa que eu sou desigual ou que sou menos ou mais que você. 


Desabafo Social: Como se dá a relação de prevenção à violência nas periferias urbanas, que, em geral, são ambientes construídos sem planejamento?

Leticia: A gente precisa entender melhor o que é periferia. Na verdade, estamos falando de várias periferias hoje em dia. Você tem lugares que historicamente eram entendidos como periferia e começam a criar espaços interessantes próprios e com sua identidade própria. É importante valorizar essa periferia e entender que ali também é um lugar diverso que tem potencialidade e precisa ser reconhecido pela gestão pública. Espaço que tem na juventude um potencial enorme de criar laços naquela comunidade. 

Entrevista: Camila Sidreira e Irênio Junior

Foto: Gilberto Silva

Cobertura Desabafo Social: Redução de Fatores de Risco é temática debatida de forma dinâmica durante o curso

No dia 17/09 a antropóloga, professora da Universidade de Brasília (UNB), pesquisadora do instituto de estudos comparados em administração institucional de conflitos (INCT/InEAC), Haydée Caruso, conduziu uma aula sobre a redução dos fatores de risco durante o Curso de Convivência e Segurança Cidadã que está sendo realizado em Salvador”. A professora discutiu sobre a importância dos conflitos na construção da ordem pública democrática, enfatizando seu caráter divergente e diverso como motivador da dinâmica pública, sendo essa, um processo de socialização onde pessoas que possuem diferentes interesses convergentes ou não, fazem valer seus direitos através da união em prol de um objetivo em comum.

Seguindo este caminho, a professora demonstrou como os conflitos podem afetar ou ajudar os sujeitos no cotidiano a favor da construção de uma realidade melhor e destacou a questão da juventude. "Os jovens são os mais abalados pela criminalidade e violência, pois a sociedade tende a negar e abafar seus problemas ao invés de reconhecê-los e tomar uma atitude preventiva para evitá-los", destacou Haydée. Neste sentido, a professora apresentou duas ideias para a prevenção de conflitos: prevenção social e prevenção situacional. A primeira etapa da prevenção social seria responsável pela criação de projetos e programas do governo a nível nacional que fossem voltados exclusivamente para as causas conflituais – a professora destaca na palestra esse detalhe da exclusividade, pois hoje existem muitos programas, por exemplo, direcionados a cultura como escolas de futebol e cursos variados que são tidos como formas de prevenção a violência, sendo que os mesmos não trabalham diretamente a questão violência de fato.

A segunda etapa seria a criação de ações voltadas para aqueles que estão propensos à violência, ou seja, os que estão na fronteira entre o agir e o não agir violentamente, e a terceira etapa seria pensar a ressocialização e a reintegração dos que já cometeram alguma infração. A prevenção situacional se dirige para a redução dos fatores de risco que levam a violência aos ambientes sociais, como por exemplo, replanejamento e melhoria de espaços mal iluminados, de lugares onde já exista alguma atividade ilegal como prostituição, conjuntos habitacionais isolados ou degradados, entre outros.

Sem deixar o jovem de lado, a professora também apresentou um trecho da série “nota 10, segurança pública”, o qual mostrava a convivência entre jovens e policiais nas favelas do Rio de Janeiro, assim como também, do outro lado, apresentava jovens militares e o que eles almejavam na profissão. O que deixou claro que, apesar da relação conflituosa entre jovens e policiais ambos buscam o respeito e a confiança mútua para uma convivência harmônica. Para finalizar a palestra, a professora realizou uma atividade dinâmica em que os participantes fizeram um mapa social de uma cidade fictícia, a qual tinha que conter os lugares mais importantes da comunidade, os lugares de formação, de perigo e os fatores de risco que levaram a causa da criminalidade na cidade sem deixar de abordar os temas tratados anteriormente.

A partir do exercício, a professora destacou pontos importantes como a relação entre policia e sociedade e trouxe ao público novas formas de pensar a prevenção dos problemas, mostrando como podemos prevenir os fatores de risco se atitudes, às vezes, pequenas forem tomadas, isso tudo, sem esquecer os jovens e adolescentes que infelizmente são as maiores vítimas dos conflitos e da violência. 

Texto e fotos: Camila Cidreira


Confira mais fotos do curso!












quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Cobertura Desabafo Social: Formação e Modernização da Atuação Policial foi um dos temas debatidos durante o curso

Na terça feira (16), o Curso de Convivência e Segurança Cidadã da região Nordeste contou com uma aula sobre formação e modernização da atuação policial, ministrada pelo professor e pesquisador Eduardo Batitucci.  A aula provocou uma reflexão sobre a formação policial e uma série questões que envolvem a atuação policial e a operação do sistema de justiça criminal, ajustando a importância da correlação dos fatores que são responsáveis pela garantia da eficiência  das políticas de segurança pública. 



Durante a aula, Batitucci abordou, também, os modelos culturais em que a polícia está inserida como organização e a constituição do papel social dela enquanto organização que oferece um serviço especifico para a sociedade. Trouxe também considerações sobre a reforma e a lógica operativa na segurança pública no Brasil, destacando a importância da segurança cidadã para modificar esta lógica. Para isto trouxe questões para serem discutidas sobre pontos do cotidiano cidadão e do ponto de vista do aparato normativo, o qual essa política pública é regida. Batitucci destacou ainda a importância do papel do/da jovem e da escuta e participação delas e deles no contexto da renovação do modelo funcional da Policia e do modelo normativo de política pública de segurança.

Texto: Laura Almeida
Foto: Marina Lima

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Cobertura Desabafo Social: Confira o que aconteceu no nosso primeiro dia de Curso

Iniciou-se na segunda-feira (15/09), no Hotel Fiesta em Salvador-BA a edição Nordeste do Curso Convivência e Segurança Cidadã, uma realização do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) em parceria com o Ministério da Justiça, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). O curso tem como objetivo capacitar representantes de organizações, secretários e coordenadores dos setores de segurança e política pública. Esta edição do curso conta com 140 participantes, dividimos em duas turmas. As aulas acontecem simultaneamente. O curso conta também com a cobertura educomunicativa do Desabafo Social (desabafosocial.com.br), coletivo de jovens que trabalham no viés dos Direitos Humanos da Infância e Juventude, Comunicação e Cidadania que atua em âmbito nacional fortalecendo a participação juvenil. O evento segue até sexta-feira (19.09).

A abertura do Curso contou com a presença da coordenadora-geral de Ações de Prevenção em Segurança Pública da Senasp/MJ e da Oficial de Projetos do PNUD, Erica Massimo Machado. As primeiras aulas foram conduzidas pelo professor e consultor do PNUD, Paulo Ricardo de Paiva Souza (turma 1), e pela professora e pesquisadora da área de segurança cidadã pelo PNUD Panamá, Gabriela Dutra (turma 2). A aula teve como tema Segurança Cidadã, Governabilidade Democrática e Desenvolvimento Humano. Nessa aula, foram relacionados os três conceitos que são subtemas. Entendeu-se, primeiro, como o conceito de desenvolvimento humano que existe hoje é uma construção recente, elaborado no relatório do PNUD de 1994 no qual quebrava a noção de desenvolvimento através da economia, inaugurando o significado de desenvolvimento como qualidade de vida e bem-estar social. 

Desse conceito, criou-se a noção de Segurança Humana que preza pelo indivíduo, universalidade, interdependência e interdisciplinaridade, significando, portanto, garantia das condições mínimas de vida e liberdades vitais, focando na questão da prevenção em relação às vulnerabilidades. Articulado a esse subtema, pensou-se na Governança Democrática como a interação entre cidadão, Estado e setor privado de forma que cada setor se sinta corresponsável pelas políticas implantadas. Esse foi um momento especial do curso já que apareceram intervenções do público que pôde iniciar as trocas de experiências locais.
 Ademais, viu-se o subtema Segurança cidadã que é aliado aos outros dois conceitos construídos anteriormente. Sendo o fenômeno da violência multicausal e heterogêneo, suas ameaças devem ser eliminadas através de uma abordagem integral, interferindo com foco em prevenção e controlando com foco em governança e participação local. Ao final, foi apresentado o jogo Fica Seguro que é um jogo sem vencedor que pretende auxiliar os gestores através de ações para gerir o problema da violência, conduzidas pelas perguntas que iam completando o tabuleiro da violência com soluções pacíficas. Assim, compreendeu-se o papel importante do desenvolvimento humano e da Segurança Cidadã. 

A aula ministrada como Sessão 3 na Turma 1 e Sessão 2 na Turma 2 foi a de Políticas participativas e mecanismos de participação social na política de segurança pública, apresentada pela professora Letícia Godinho, pesquisadora da Fundação João Pinheiro, que iniciou a aula relatando a evolução das formas de participação, levantando perguntas sobre a serventia da participação já que existe uma participação formal. Foram extraídas ideias do público que percebeu as limitações da Democracia Tradicional e suas consequências. Foram reconhecidas também a necessidade de mecanismos deliberativos e a problemática da definição de quem deve participar e do caráter da participação. Mostrou-se então o modelo de “Mobilização Afirmativa” que pretende alcançar os grupos subrepresentados, estimulando-os à participação.




 Texto: Ana Paula Huoya

Campanha de enfrentamento à violência contra a mulher - Quem Ama Abraça






Série Nota 10 Segurança Pública - Juventude e Polícia


O quarto episódio da série Nota 10 Segurança Pública - série produzida pelo Canal Futura - trata de Juventude e 
Polícia. Em qualquer canto do planeta, jovens e policiais costumam estar de lados opostos. A garotada quer liberdade. A polícia, colocar limite na liberdade. A juventude está sempre no centro da violência, seja como vítima ou como protagonista. Como resolver o conflito? Não há uma fórmula infalível, mas existem caminhos.

A série Nota 10 Segurança Pública apresentará um painel dos principais temas debatidos hoje no campo da segurança pública: a relação entre civis e policiais, a identidade das nossas polícias, o trabalho realizado por elas, sua eficiência, o protagonismo da juventude nas questões relacionadas à violência, a participação cidadã. Num passeio por esses assuntos, conheceremos experiências bem sucedidas de combate a violência e ouviremos todas as vozes interessadas na produção de políticas segurança pública.

Fonte: Canal Futura/Youtube 
(https://www.youtube.com/watch?v=69GCgSAzsfk) 

Cadernos sobre Segurança e Prevenção da Violência na América Latina

Para baixar o arquivo do Caderno de Estratégias Locais de Segurança Cidadã, de autoria de Hugo Acero, Paula Miraglia, Eduardo Pazinato, acesse:

http://www.urbalpernambuco.org/post-bibliotecas.php?object=237

Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública

Confira a pesquisa lançada em julho de 2014 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública sobre a opinião dos policiais brasileiros sobre reformas e modernização da Segurança Pública.

Acesse: http://www.forumseguranca.org.br/storage/download/ApresentacaoFinal.pdf



terça-feira, 16 de setembro de 2014

Curso de Convivência e Segurança Cidadã conta com Cobertura Educomunicativa

O Curso de Convivência e Segurança Cidadã da Região Nordeste, realizado em Salvador(BA), conta com a participação de uma equipe de jovens do coletivo Desabafo Social. Ao longo da semana elas e eles estarão realizando entrevistas e produzindo matérias sobre os conteúdos e debates que acontecem durante as aulas. Acompanhe nosso blog para ter acesso a esses conteúdos!

O Desabafo Social nasceu do desejo de transformar a realidade através de ações estruturadas e intencionais, sempre trabalhando nos viés dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, Cultura e Educomunicação. É uma rede composta de adolescentes e jovens que estão inseridos nos movimentos sociais, buscando contribuir para que os direitos humanos ganhem sentindo no cotidiano das crianças, dos adolescentes e dos jovens.


Saiba mais sobre o Desabafo Social, acessando:

http://rededesabafosocial.wordpress.com/


Confira o vídeo Media, do Anima Mundi


Confira o vídeo exibido durante a aula de Comunicação e Mobilização Social do Curso de Convivência e Segurança Cidadã da Região Nordeste, realizado em Salvador(BA).

Acesse aqui o Resumo do Relatório do Desenvolvimento Humano (2013)

Acesse o link abaixo e faça o download do Resumo do Relatório do Desenvolvimento Humano (2013)


http://www.latinamerica.undp.org/content/dam/rblac/docs/Research%20and%20Publications/IDH/Resumen%20IDH%20portugues_completo_.pdf

Confira as fotos do nosso primeiro dia de Curso em Salvador(BA)!




















Fotos: Gilberto Silva

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Bem vind@s ao Curso de Convivência e Segurança Cidadã de Salvador

Imagem da Ponta do Humaitá, Salvador/BA

Desejamos as boas-vindas a todos os participantes do Curso de Convivência e Segurança Cidadã de Salvador!

Neste blog, você terá acesso a todas as apresentações utilizadas pelos facilitadores durante o curso, bem como outros materiais complementares. Também iremos postar as fotos do evento. Sintam-se à vontade para contribuir com o envio de fotografias, pelo 
e-mail: cursosegurancacidadasalvador14@gmail.com

Um abraço da equipe de coordenação

sábado, 13 de setembro de 2014

Fotos do curso do Rio

Prezad@s alunos e alunas do curso do Rio,

As fotos estão disponíveis pelo perfil do Google plus do curso!

Lembrando os endereços:

Fotos: https://plus.google.com/u/0/110569009846592186569

E-mail para o grupo de e-mails: cursoconvivenciasegurancacidadariodejaneiro@googlegroups.com

E-mail da coordenação: cursodesegurancacidadarj@gmail.com

Abraços,

Coordenação do curso



Cobertura do jornal "O Cidadão" - Último dia





A abertura do último dia do Curso de Convivência e Segurança Cidadã, realizada na sexta-feira (12), no Rio de Janeiro, teve início às 09 horas, com a professora, mestre e doutora em ciência política, Letícia Godinho. O tema da sessão 10, tratou sobre a participação cidadã.


A falta da participação da sociedade civil, nas decisões do poder público, foi a principal discussão. Representantes dos 3 estados participantes do curso (MG, ES e RJ) colocaram exemplos claros, da população organizada e mobilizada quando  contribuem para uma mudança positiva nas demandas de um território, referente a dificuldade ou escassez de mobilização.




“Antes, no colégio, tínhamos aula de Moral e Cívica, enfim, disciplinas nas quais formávamos nossa opinião e posicionamento, seja política ou social. Hoje não percebemos essa formação nas escolas, existe uma certa acomodação na sociedade em relação a participação em decisões da gestão pública.”

As ações sobre a forma de participação, sobretudo, das comunidades periféricas, são minoria em relação à consciência política sobre o poder público. A percepção dessa população na hora do voto, é de que não existe opção política que possa mudar ou transformar a sua realidade. Um descrédito nos candidatos e suas promessas. Um setor importante na informação e esclarecimento dessa comunidade, e de toda a sociedade é a imprensa massiva e sua estruturação. Será que a sociedade é representada na mídia tradicional?

A grande imprensa tem, ou deve ter como ética e obrigação, informar a população e, ao mesmo tempo chamá-la a participar sobre as decisões que serão tomadas pelo poder público. Seja nas audiências públicas ou votação de projetos que vão impactar no cotidiano do povo, pois quem vai decidir e julgar sobre o que é bom ou não para a sociedade é o representante legal eleito democraticamente.



Na sessão 11, a professora, mestre e coordenadora Claudia Ocelli abordou o assunto Elaboração de Projetos, que foi a última aula do Curso. Antes de falar sobre isso, foi colocado um vídeo, para dinamizar e trazer a reflexão dos participantes. O trailer do documentário “Faça seu juízo” foi apresentado para conceituar o planejamento e a prevenção dos jovens que pendem para o caminho da criminalidade.



Projetos sociais são pontes do desejo para a realidade. Assim a utopia recebeu significados distintos ao decorrer da aula, que apresentam ela como algo difícil, porém possível de alcançar. O objetivo da construção de um projeto se dá a partir da intenção inicial e seu estudo.

Programa é um conjunto de projetos que articulam-se com outros programas: chamado de Plano. Como exemplo, foi citado o Plano integral realizado nos municípios participantes do curso: Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Concluindo o impacto e efeito da metodologia do Planejamento Situacional foi colocada para a construção dos futuros projetos em 4 momentos:
  • Identificação – seleção – explicação
  • Elaboração o plano
  • Estratégia do plano para o funcionamento
  • Explicação, avaliação do planejamento inicial

“Todo planejamento público é um jogo social”

O planejamento estratégico da etapa final de elaboração de projetos, foi apresentado a partir do núcleo de Justiça Comunitária e Mediação de Conflitos. 

Tudo o que é produzido como resultado é recebido pelos projetos e torna-se serviço. O quadro lógico que define de maneira horizontal os objetivos e intervenções, determina o que será o produto. Que é ligado ao Objetivo Superior, impacto gerado através da contribuição para a transformação da realidade social.



As atividades, definições e objetivos dos projetos tem propósito e efeito. E a partir das atividades será desenvolvido ações, chamadas de Plano Operacional. Já a ausência de efetividade dificulta a geração de impacto e, para reconhecer o objetivo final alcançado existem os indicadores. Ao apresentar o edital do pré-projeto do Ministério da Justiça, as atividades detalhadas, explicadas e pautadas pela professora, mensuram no encerramento da sessão os resultados, ao indicar objetivos e impactos compatíveis ao que será proposto pelos participantes, a partir da abertura efetiva do edital.



O Curso de Convivência e Segurança Cidadã é uma das atividades integrantes do projeto de cooperação técnica internacional entre o Ministério da Justiça e o programa das Nações Unidas para o desenvolvimento.

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Conheça o Jornal O Cidadão, do Conjunto de Favelas da Maré, parte da equipe fez a cobertura do Curso de Convivência e Segurança Cidadã:
E-mail: jornaldamare@gmail.com

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Vídeo do final do curso


Cobertura "O Cidadão" do quarto dia do Curso de Convivência e Segurança Cidadã no Rio de Janeiro


Quarto dia de curso com palestra do Professor Marcos Rolim (Cátedra de Direitos Humanos do Centro Universitário Metodista IPA – Porto Alegre), Jornalista, Sociólogo, Pesquisador e Consultor em Segurança Pública e Direitos Humanos. 



Texto e fotos: Tati Alvarenga


A palestra foi voltada para ações afirmativas na área de segurança pública. Como podem ser encontradas referente à eficácia da ação. Foi cogitado o fator: investimento do dinheiro público em ações preventivas contra o uso de drogas e a criminalização de locais carentes, orientações diversas, mas sem resultado benéfico para sociedade. Como exemplo: Marcos citou o Programa de Prevenção ao Trote criado pela Polícia de São Paulo. Após detectar muitas ligações inválidas, feitas sempre de telefone público.


A primeira apuração identificou que as chamadas vinham de área escolar. Com esta primeira conclusão o programa seguiu, realizando várias palestras em escolas da região. Conscientização da informação do perigo para si e para o próximo sobre um alarme falso para polícia, foi o objetivo. Mas, o resultado após três meses de diálogo com os estudantes, foi aumento significativo  dos trotes.

Portanto, o método falhou. E isso é um fator de risco. Pois de forma subjetiva atraiu mais jovens a fazer ligações para polícia com informações de urgência falsa. O intuito era prevenir e não aumentar as ligações improcedentes. O ensino desinteressante para jovens moradores de comunidades pobres do país também influência neste quesito: fator de risco. Pois em alguns casos, atrai o jovem para caminhos marginalizados em busca de dinheiro fácil.  

 Quando ocorre da pesquisa não atingir o resultado esperado é necessário investir em estudos aprofundados, buscas, conversas em comunidade para que possa haver uma pesquisa preventiva que conscientize uma boa ação e não involuntariamente influencie no resultado  reverso.



Referente a ação preventiva ao uso de drogas e o aumento da criminalização, Marcos informou: “As pessoas chegam ao uso de drogas por variados motivos: algumas com problemas, outras não.” Com este quadro se uma iniciativa para prevenção ao uso de entorpecente isolada não fizer efeito. Há necessidade de outra pesquisa que afirme se a intervenção é  positiva ou não. Pois quando o resultado esperado não é alcançado segundo professor precisa ser feita nova pesquisa no assunto.

Um exemplo que o professor deu seria de um possível palestrante de 40 anos morador do Rio Grande do Sul  foi usuário de cocaína por muitos anos. Atualmente conseguiu parar de usar a droga e segui sua vida palestrando a respeito da sua experiência em escolas da região, para um público de adolescentes. O professor Marcos afirmou para diretora de um dos colégios onde ocorreu o evento para não seguir em frente com esta iniciativa. "Pois se um homem que usou drogas por anos, esta bem, lançou um livro contando sua trajetória como usuário de cocaína e ainda ganha dinheiro com isto!" Pode causar reação subjetiva no jovem de querer usar a droga também. Afinal, pois se ele esta bem, vivo aos 40 anos por que eu não usar?

Todos receberam bem as questões levantadas pelo professor Marcos e a palestra se manteve com discursos e questionamentos acalorados por parte dos presentes. “Eu percebo a importância no trabalho de prevenção, é preciso de um diagnóstico percebendo os fatores de risco, promovendo atividades, desenvolvendo fatores de proteção. Mudança de paradigma pois temos uma visão equivocada de prevenção” conclui a psicóloga Adineia Trubat, da Secretaria de políticas de segurança de Duque de Caxias –RJ.


A maioria dos presentes de municípios e estados distintos, já possui seus projetos escritos amanhã último dia do curso haverá escolha dos dois projetos que serão contemplados pelo edital.