O Desabafo
Social no seu terceiro dia de cobertura do Curso de Convivência
e Segurança Cidadã entrevistou Pedro Strozenberg, Coordenador do Instituto de
Estudos da Religião (ISER), ONG carioca que atua no campo dos Direitos Humanos.
Pedro foi o professor da aula Mediação de Conflitos, durante o Curso.
Confira a entrevista!
Confira a entrevista!
Desabafo Social: De
que forma a juventude pode fazer mediação de conflitos para contribuir com a
prevenção da violência?
Pedro: O que é preciso ter
em conta em primeiro lugar é que não há uma juventude. Mas, diferentes
juventudes. As diferentes juventudes participam com diferentes expressões. E
utilizam para isso as novas linguagens. Essa juventude diversa é parte
importante do processo de transformação
do conflito e da renovação da expectativas. Os jovens são, talvez, os mais interessados
em prevenir a violência e por isso, são grandes colaboradores do processo de
mediação.
Desabafo
Social: Na
mediação, os jovens atuam como uma das partes, mas talvez ainda mais invisível do
que as outras partes. É isso?
Pedro: A juventude produz
conflitos. Os conflitos são fundamentais para a mediação. A mediação não
existiria se não fossem os conflitos. Os jovens produzem conflitos na
perspectiva de mudanças e não necessariamente na perspectiva dos problemas. É
um desafio para a sociedade brasileira compreender que é preciso olhar os
conflitos da juventude como um caminho possível de reconhecimento, de direitos
e de mudança social. Então eu acho que são duas coisas que se complementam
nesse sentido, o desafio da construção de uma sociedade mais transparente, mais
participativa, mais libertária e o desafio de reconhecer o papel político da
juventude e reconhecer o conflito como instância a ser potencializada e ser
valorizada na política.
Entrevista: Ana Paula Huoya e Marina Lima
Foto: Gilberto Silva
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